Mais de 4 mil pessoas já foram incluídas pelo Governo do Estado no programa Mais Social após o início do trabalho de busca ativa. Dentro do projeto ambicioso de fazer de Mato Grosso do Sul o 1º estado do País a erradicar a extrema pobreza, desde março os 79 municípios sul-mato-grossenses são percorridos em busca de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e sem amparo de nenhum programa social, seja estadual ou federal.
De acordo com a Sead (Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos), 4.226 novos beneficiários foram incluídos no programa a partir da busca ativa, um contraponto à realidade não só brasileira, mas mundial, de 733 milhões de pessoas enfrentando fome ou desnutrição crônica, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura).
No município de Bonito, Josimara Nunes foi surpreendida pela visita de um servidor do programa e já recebeu o cartão de R$ 450 mensais para a compra de alimentos, produtos de limpeza e higiene e gás de cozinha.
Mãe solo, ela não consegue um emprego fixo porque precisa constantemente levar o filho com deficiência intelectual para fazer tratamento em Campo Grande, a 265 quilômetros de distância.
“Um dia, nem esperava, veio um rapaz muito simpático, e fez um ótimo trabalho. Ele falou que eu tinha muita chance de receber o benefício. Fiquei muito feliz porque sou mãe solo. Tenho um filho de 14 anos com deficiência intelectual, tenho sempre que estar me deslocando para Campo Grande com ele”, conta.
Segundo Josimara, a ajuda é importante para garantir qualidade de vida e a segurança de que não vai faltar comida na mesa.
“Hoje, eu não tenho salário. Meu filho está em tratamento. Estou tentando ajudá-lo porque serviço fixo não dá para ter por causa dele. Tenho que levá-lo para Campo Grande, tenho que levar no psicólogo, e hoje estou desempregada. Eu faço diária. É o que está me ajudando. Ele tem pai, mas o pai não paga pensão”.
Outra a receber o cartão do Mais Social após a busca ativa foi Geovana Cardoso, que é mãe solo de um bebê de cinco meses e faz diárias para garantir o sustento. “Agora tenho mais segurança de que não vai faltar nada lá em casa”, afirma.
Já Larissa Camargo tem uma filha de 1 ano e 2 meses. O cartão chegou quando ela mais precisava. “Vai ser muito importante porque meu marido trabalha na diária, não tem salário fixo. Vai me ajudar. Eles foram ali fazer visita na minha casa. Demorou assim, 1 ou 2 meses. A mulher do Mais Social falou que tinha que ver quem tinha direito de receber o benefício. Aí chegou a mensagem para vir pegar meu cartão, bem na hora que eu mais precisava. Vou poder comprar fralda, leite e fruta, para a minha nenê, porque ela já come”, conta.
A equipe do Mais Social também percorre a área rural, onde encontrou Noemis Matos Silva. Ela mora com esposo no assentamento Guaicurus, a 65 quilômetros da área urbana de Bonito. “Foram lá, fizeram uma visita pra gente. A gente fez uma fichinha, aí eu vim aqui e fiz o cadastramento. Foi uma surpresa agradável. Eu gostei muito”, explica.
“Vai ser bom porque a gente mora no sítio, aí depende das coisinhas para a gente viver. Vai ser uma renda a mais para a gente poder fazer uma comprinha. Vai ajudar muito”, finaliza.
Paulo Fernandes, Comunicação Sead
Foto de capa: Monique Alves/Sead
Internas: Laucymara Ayala Ajala/Sead