Cientistas da Universidade de Michigan Atingem Marcas Surpreendentes com o Laser mais Potente do Mundo
Recentemente, cientistas dos Estados Unidos realizaram um marco significativo na pesquisa em energia com o laser ZEUS, um dispositivo com a capacidade incrível de produzir, por um breve momento, mais energia do que toda a produção elétrica do planeta. Localizado na Universidade de Michigan, esse sistema, cujo nome é a sigla para Zettawatt-Equivalent Ultrashort Pulse Laser System, completou sua primeira experiência oficial. Durante o teste, o laser alcançou a impressionante potência de 2 petawatts, ou seja, dois quadrilhões de watts, em um pulso que durou meros 25 quintilionésimos de segundo.
Embora essa quantidade colossal de energia tenha sido liberada, o fenômeno passou tão rápido que não foi possível ser detectado a olho nu. O experimento consistiu no disparo de um pulso de laser contra gás hélio, resultando na criação de um plasma. Esse plasma possibilitou que elétrons se movessem atrás da luz, em um processo conhecido como aceleração de campo de wakefield. Essa técnica é poderosa, pois os elétrons ganham uma velocidade impressionante à medida que a luz viaja mais lentamente dentro do plasma, permitindo que os elétrons alcancem a luz e acelerem ainda mais.
A verdadeira inovação está nos testes futuros que estão sendo planejados. Os pesquisadores pretendem testar a colisão dos elétrons com um segundo feixe de laser, que estará se deslocando na direção oposta. Essa interação simulará o comportamento de um laser de 3 petawatts, equivalente a um feixe de nível zettawatt — uma potência um milhão de vezes maior. O ZEUS é equipado com componentes sofisticados que permitem prolongar e controlar o pulso de laser, prevenindo a destruição do ar circundante durante o processo.
Com suas aplicações potenciais em áreas como medicina, astrofísica e aceleração de partículas, este monumental sistema de laser, avaliado em $16 milhões, começa a se estabelecer como um divisor de águas na física de alta energia. A equipe da Universidade de Michigan vislumbra um futuro promissor para o ZEUS, que pode redefinir nosso entendimento e utilização da energia.