Possível suspensão dos voos da Azul Linhas Aéreas preocupa população e ameaça economia local
A Câmara Municipal de Corumbá fez um apelo direto ao governador Eduardo Riedel e à Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, exigindo medidas imediatas para evitar a redução ou até mesmo o encerramento dos voos da Azul Linhas Aéreas no município.
O pedido, apresentado na sessão de terça-feira (10), vem em resposta à preocupante possibilidade de que a empresa suspenda suas operações na cidade já a partir de agosto, com encerramento total previsto para outubro, segundo especulações locais.
Risco de isolamento preocupa e revolta moradores
A situação gerou indignação entre vereadores, empresários e moradores, que enxergam na possível saída da companhia um retrocesso para o desenvolvimento de Corumbá. A cidade é um dos principais destinos turísticos de Mato Grosso do Sul, com destaque para a pesca esportiva e o ecoturismo no Pantanal.
“É impensável que uma cidade fronteiriça, com potencial turístico e estratégico como Corumbá, perca sua única ligação aérea comercial. Isso é um golpe direto na economia local”, apontou um dos parlamentares em requerimento aprovado por unanimidade.
Além do apelo ao governador, a Câmara também pediu esclarecimentos formais ao presidente da Azul, John Rodgerson, para confirmar se realmente há intenção de reduzir os voos regulares e, mais grave, encerrar totalmente as operações da empresa na região.
Voos são essenciais para turismo, economia e integração regional
A Câmara destaca que a conectividade aérea é fundamental para manter o fluxo de turistas, investidores e profissionais que vêm à cidade para negócios ou lazer. O fim das operações aéreas obrigaria todos os deslocamentos a depender exclusivamente do transporte terrestre, o que limitaria o desenvolvimento e afetaria a geração de empregos e renda.
“É inadmissível que Corumbá, com toda sua importância estratégica, seja penalizada dessa forma. Precisamos da mobilização do Estado para garantir a permanência da Azul na cidade”, afirmou um vereador.
A Fundação de Turismo do MS, por meio de seu diretor-presidente Bruno Wendling, também foi acionada para que atue de forma coordenada com o Governo e o setor privado, buscando alternativas que assegurem a continuidade da malha aérea em Corumbá.
