ações de preservação e sustentabilidade de Mato Grosso do Sul são destaques nacionais – Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

As ações do Governo de Mato Grosso do Sul voltadas à preservação do Pantanal e a agenda MS Carbono Neutro 2030 foram apresentadas pelo secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia), durante o CNN Talks  – Potência Verde, realizado segunda-feira (8) em São Paulo (SP).

O debate reuniu autoridades, especialistas e lideranças do agronegócio para debater temas ligados à agricultura regenerativa, bioenergia e clima em preparação para a COP30, que acontece em novembro, em Belém (PA). O secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, também participou do evento.

Segundo Verruck, Mato Grosso do Sul se consolidou como referência nacional e internacional na conservação do Pantanal ao adotar medidas estruturantes em conjunto com produtores, comunidades tradicionais e o Governo Federal.

Entre as ações, estão a criação de uma lei estadual específica para o bioma, a implantação do Fundo Clima Pantanal e o primeiro programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), com mais de R$ 30 milhões destinados a produtores que optam por manter áreas nativas preservadas.

“O Pantanal tem hoje 81,3% da vegetação nativa preservada, e isso é resultado de um processo coletivo que envolveu 97% do território privado. Criamos instrumentos como o manejo integrado do fogo, já transformado em lei federal, e lançamos iniciativas inovadoras, como créditos de carbono e de biodiversidade. Essa construção coletiva garante que o Pantanal continue sendo um patrimônio único do Brasil e do mundo”, afirmou o secretário.

ações de preservação e sustentabilidade de Mato Grosso do Sul são destaques nacionais – Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul
Verruck participou do CNN Talks, em São Paulo

Carbono Neutro 2030

Jaime Verruck também apresentou os avanços da estratégia MS Carbono Neutro 2030, que prevê tornar Mato Grosso do Sul o primeiro estado brasileiro a neutralizar suas emissões de carbono.

O programa inclui iniciativas como a rastreabilidade da produção de carne carbono neutro, em parceria com a Embrapa e a Marfrig, a expansão da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que já alcança mais de 3 milhões de hectares, e investimentos superiores a R$ 1 bilhão em projetos de biometano para descarbonização do transporte.

“Estamos construindo políticas públicas sólidas que envolvem tanto o setor produtivo quanto a indústria. Hoje, mais de 500 empresas estão cadastradas no sistema Carbon Control, que exige o balanço de carbono das atividades licenciadas no Estado. Essa é uma ação que valoriza nossa produção e dá competitividade ao Mato Grosso do Sul no cenário global”, ressaltou.

O secretário chamou atenção para a necessidade de melhorar a forma como o Brasil apresenta suas iniciativas ambientais no cenário internacional.

“Temos muito conteúdo e ações consistentes, mas ainda falamos para nós mesmos. Falta uma modelagem de comunicação capaz de demonstrar ao mundo que o Brasil já faz, de forma sustentável, aquilo que muitas vezes é questionado lá fora. Essa dificuldade de traduzir nossas práticas acaba gerando compreensões distorcidas sobre o agronegócio brasileiro”, avaliou Verruck.

Reconhecimento nacional

O trabalho desenvolvido por Mato Grosso do Sul também recebeu destaque no evento. O secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, elogiou a política de PSA implementada pelo Governo do Estado.

“Não dá mais para o produtor rural, que preserva 220 milhões de hectares em área privada no Brasil, não receber nada por isso. Mato Grosso do Sul está quebrando esse paradigma. O Estado é craque [por conta da remuneração oferecida ao produtor para abrir mão do direito de desmatar e preservar a vegetação nativa]”, afirmou Piai, que preside o Conseagri (Conselho Nacional de Secretários de Agricultura).

O CNN Talks também marcou a estreia da série ‘Rota Bioceânica’, produzida pela emissora, que acompanha os avanços do corredor logístico que vai ligar o Brasil ao Oceano Pacífico, reduzindo em até 30% o custo de frete e 17 dias no tempo de transporte para a Ásia.

Marcelo Armôa, Comunicação Semadesc
Foto de capa: 
Fotos: Atacama Agência


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