No dia 1º de agosto, policiais militares do 6º Batalhão da Polícia Militar participaram de ação alusiva à campanha Agosto Lilás, realizada na Câmara Municipal de Ladário. A campanha tem como objetivo principal sensibilizar a sociedade sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher e promover a divulgação da Lei Maria da Penha, por meio de mobilizações, palestras, encontros e ações educativas ao longo de todo o mês.
A Polícia Militar do Mato Grosso do Sul tem se empenhado de forma contínua no enfrentamento à violência doméstica, realizando atendimento prioritário às vítimas, fiscalizando medidas protetivas de urgência por meio do PROMUSE (Programa Mulher Segura), participando de campanhas de conscientização e promovendo ações educativas junto à população.
Em 2025, até o dia 31 de agosto, o 6º batalhão apresentou os seguintes resultados:
- 175 registros de ocorrência formalizados;
- 131 pessoas encaminhadas à Delegacia de Polícia;
- 138 medidas protetivas fiscalizadas;
- 19 palestras realizadas, alcançando mais de 792 pessoas;
- 17 ações em mídias digitais, com alcance de 8.370 pessoas;
- 400 pessoas alcançadas diretamente por meio de panfletagens educativas.
- Participação de campanhas e rede de apoio
Recomendações para Mulheres
- Conheça seus direitos: A Lei Maria da Penha garante proteção à mulher em situação de violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial. Procure informações e oriente outras mulheres.
- Não silencie a violência: Qualquer ato de agressão, ameaça, controle excessivo, humilhação ou destruição de bens pessoais deve ser denunciado.
- Utilize os canais oficiais de denúncia:
- Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher
- Disque 190 – Polícia Militar (em casos de emergência);
- Delegacia de Polícia
- Busque apoio emocional e jurídico: Centros de Referência da Mulher, Defensorias Públicas, Assistência Social e grupos de apoio podem oferecer acolhimento, orientação e suporte psicológico e jurídico.
- Fortaleça sua rede de apoio: Mantenha contato com familiares, amigos e vizinhos de confiança. Estar cercada por pessoas que oferecem suporte pode ser essencial em momentos de vulnerabilidade.
- Valorize sua autonomia: Incentive sua independência financeira e emocional. O fortalecimento da autoestima é um importante fator de proteção contra relacionamentos abusivos.
Recomendações para Homens
- Adote o respeito como base de todo relacionamento: Em uma relação saudável não há espaço para controle, humilhação, ciúmes excessivos ou agressividade. O diálogo deve prevalecer sempre.
- Reconheça sinais de comportamento abusivo: Gritos, ameaças, imposições, insultos e agressões verbais ou físicas são formas de violência. Reconhecer esses comportamentos é o primeiro passo para transformá-los.
- Entenda que violência doméstica é crime: Não se trata de uma questão “particular do casal”, mas de um crime previsto em lei, com consequências legais, sociais e profissionais.
- Respeite as decisões e os espaços da parceira: Cada indivíduo tem o direito à autonomia e à liberdade de escolha. Relações saudáveis são construídas com confiança, reciprocidade e limites bem definidos.
- Término não é justificativa para violência: Nenhuma frustração emocional, rejeição ou mágoa dá o direito de agredir ou perseguir uma mulher. O fim de um relacionamento deve ser encarado com maturidade e respeito à decisão do outro.
- Aceite que ninguém pertence a ninguém: A parceira não é propriedade sua. O respeito à individualidade, às escolhas e à liberdade do outro é a base de qualquer relação digna.
- Seja exemplo para outros homens: Reprovar atitudes agressivas, orientar amigos e familiares, e promover o respeito à mulher contribui para quebrar ciclos de violência e construir uma sociedade mais justa.
- Modere no consumo de bebidas alcoólicas: O álcool, em excesso, afeta o autocontrole e aumenta o risco de atitudes impulsivas e violentas. Se não sabe o limite, evite situações de risco.
- Respeite-se e respeite sua família: A agressividade destrói lares e deixa marcas irreparáveis.
Consequências para quem comete violência doméstica
A prática de violência contra a mulher acarreta graves consequências legais, sociais e profissionais, incluindo:
- Prisão em flagrante ou preventiva, com privação imediata da liberdade;
- Condenação criminal, podendo levar a pena de reclusão, conforme a gravidade do caso (lesão corporal, ameaça, feminicídio etc.);
- Estigma social: A condenação por violência doméstica gera forte impacto na reputação e nas relações familiares, sociais e profissionais do agressor;
- Dificuldades no mercado de trabalho, inclusive no setor privado, onde o histórico criminal pode ser fator de exclusão em processos seletivos.
Não existe justificativa para violência contra a mulher. Nenhuma emoção, desentendimento ou provocação autoriza agressões. A violência doméstica contra mulher é crime, e sua prática tem consequências legais severas e efeitos devastadores na vida das vítimas e dos agressores.
A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a proteção da mulher e seguirá atuando de forma firme e integrada para garantir que toda denúncia de violência doméstica receba a devida atenção, construindo uma sociedade mais justa, segura e respeitosa para todos.
Via: PMMS